Ocupação sob viaduto é tema de encontro com subprefeito da Sé
Entidades de moradores da Barra Funda estiveram reunidas dia 5/4/23 com o subprefeito da Sé, coronel Álvaro Camilo.
Como pauta principal a solicitação de providências quanto à ocupação irregular de parte de área fechada no baixio do Viaduto Engenheiro Orlando
Murgel, no início da Avenida Rudge, que abriga de forma desumana e perigosa dezenas
de famílias e alimenta, entre outras irregularidades, um serviço de reciclagem
de lixo a céu aberto, na altura do número 200 da mesma via.
Rodolfo, chefe de Gabinete, subprefeito Álvaro Camilo, Edivaldo Godoy e Francisco de Souza |
À frente desta demanda, a Associação Barra Funda Viva (ABFV), representada na oportunidade por seu atual presidente, Francisco de Souza, que apresentou também o projeto, já discutido com outras autoridades, da instalação de um sacolão nos baixios do viaduto, para dar uma utilização útil ao local e evitar invasões.
“Areião” também foi assunto
A pedido de um dos participantes da reunião, Felippe Lopes,
morador do Condomínio Portal Barra Funda, edifício mais próximo à ocupação,
foram comentadas demandas ligadas à Praça Nicolau de Moraes Barros, nome
oficial da área conhecida como “Praça do Areião”, local sempre carente de
zeladoria e manutenção.
Francisco de Souza, atual presidente da Associação Barra Funda Viva, levou demandas ao subprefeito da Sé, Álvaro Camilo |
Após ouvir as solicitações, o subprefeito pediu que as entidades fizessem ofícios relatando o problema da ocupação, que afirmou ser correto ser chamada de “invasão” e sugeriu que se buscassem parcerias com empresas vizinhas, como o Laticínios Catupiry e a Faculdade Impacta, para envolvê-las também numa solução que terá que ser negociada com todos, incluindo-se aí as famílias que hoje ocupam o baixio do viaduto, em condições subumanas, num ambiente insalubre e com risco iminente, pois o local também virou depósito de material reciclável, muitos dos quais inflamáveis, além de bar e salão de cabeleireiro, ocupando de forma totalmente irregular um próprio público.
Um sacolão no lugar da invasão
O subprefeito não se pronunciou sobre a ideia da Associação
Barra Funda Viva de se fazer no local um Sacolão.
Essa minicentral de abastecimento, uma carência do bairro, que teve sua população enormemente aumentada com o boom imobiliário dos últimos anos na região, é uma ideia já debatida com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento e com os ex-subprefeitos Roberto Arantes e Marcelo Salles, que se mostraram simpáticos à proposta.
Edivaldo Godoy, da União dos Moradores e Amigos da Barra Funda |
Sobre o outro tema da reunião, a Praça do Areião, já sem a presença do Subprefeito, mas com atendimento do seu chefe de gabinete, Rodolfo Furlan, foi acordado que a equipe jurídica da Subprefeitura Sé fará um levantamento para saber a real condição do Areião, que em parte é utilizada como praça de esporte, com um campo de futebol com gramado sintético, e em outra como área de lazer e convivência da população, porém com constantes problemas de manutenção e zeladoria, mesmo depois de firmado o Termo de Cooperação de Praças, com uma das entidades esportivas que se utiliza do campo.
O chefe de gabinete enfatizou a necessidade de se conversar
com o parceiro para saber sobre eventuais dificuldades que estão tendo para
cumprir as regras do Termo e, seguindo a linha do subprefeito, pediu uma
solução negociada com todos os entes envolvidos.
Felippe Lopes, morador do bairro, pediu mais atenção à "Praça do Areião" |
Além de Francisco de Souza, presidente da Associação Barra Funda
Viva, e Felippe Lopes, participaram da reunião Edivaldo Godoy e Maria Imaculada
Tironi (presidente e secretária geral da União dos Moradores e Amigos da Barra
Funda) e Antonio Marcos Soldera, editor do jornal eletrônico Barra News e diretor
da ABFV.
Os dirigentes das entidades de bairro sugeriram uma
vistoria das autoridades aos locais para terem uma dimensão exata dos problemas
ali relatados, além de se comprometerem a apresentar um pormenorizado levamento
das principais questões.
Ocupação vem desde 2019
Os problemas envolvendo os baixios do Viaduto Engenheiro Orlando
Murgel começaram em meados de 2019, quando o galpão onde funcionava a empresa
Monte Azul, que prestava serviços à prefeitura em função da extinta Usina de
Asfalto da Barra Funda, foi ocupado por mais de 50 pessoas sem-teto, metade das
quais crianças, algumas vindas da favela do Moinho, outras de ocupações
próximas ou das ruas.
Entre outras irregularidades, os invasores quebraram paredes do viaduto e fizeram até um bar, o "Bar da Loucura" |
A parte ocupada entrava por um portão da Avenida Rudge 200, sob o Viaduto Engenheiro Orlando Murgel, situado entre os bairros de Barra Funda e Bom Retiro, ligando a Avenida Rudge à Avenida Rio Branco, sobre os trilhos da CPTM, no corredor norte-sul da cidade.
O poder público acabou desocupando judicialmente a área,
mas, inexplicavelmente, permitiu que os moradores se transferissem para a outra
parte do viaduto, onde, embora em tamanho menor, também há um galpão.
Num dos lados do viaduto dezenas de famílias morando em condições subumanas. Em outro, uma reciclagem de lixo a céu aberto tomando toda a calçada |
Ali, além de abrigar dezenas de famílias, em número de 80 segundo uma reportagem da Rede Globo, o baixio do viaduto passou a ter também reciclagem de lixo, que ocupa toda a calçada em frente ao portão que fica no número 200 da avenida.
Veja nos títulos de Barra News abaixo como
tudo começou:
Galpão
sob viaduto é ocupado. Vizinhança cobra providências
Secretaria
de Habitação conversa com invasores
SMADS
cadastra invasores de galpão sob Viaduto Orlando Murgel
Situação deplorável, fora que os pedestres têm que andar na rua porque a calçada virou depósito de lixo, de todo tipo, móveis descartados. Agora que a Faculdade não tem mais aulas neste prédio ,mudou pra pior, ja temos que andar no meio da rua,dividindo o espaço com os carros.
ResponderExcluirBom dia! Meu nome é Laidenir Santana, por gentileza, qual é o contato telefônico do Jornal Barra News e qual e-mail posso encaminhar sugestão de pauta, aos cuidados de quem? GRATO!!!
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