Barra Funda comemora fim da usina de asfalto

Moradores e trabalhadores das proximidades já não aguentavam mais a poluição do ar e o barulho

Até que enfim quem mora e trabalha nas proximidades da Rua do Bosque, na Barra Funda, vai poder respirar melhor e ter mais qualidade de vida, sem a poluição e sem o barulho da Usina de Asfalto da Prefeitura de São Paulo, que funcionou na região por 67 anos. Na manhã desta terça-feira, 15/1, o prefeito Bruno Covas participou do encerramento das atividades da usina, cuja área, segundo ele, será repassada ao governo do Estado para a construção de moradias populares.
Bruno Covas esteve na usina
As máquinas serão desmontadas e retiradas do local, de forma que todo o material seja reaproveitado pelas subprefeituras no trabalho de zeladoria pela cidade. Termina aqui uma novela que durou longos anos, com muito polêmica e a criação de um histórico junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb): 157 reclamações, 12 advertências e 35 multas.
Inaugurada em 1951, a fábrica de asfalto abastecia diariamente as equipes da prefeitura que trabalham na manutenção das ruas e avenidas da cidade. Reivindicações de fechamento da usina vem de longa data, devido aos problemas de saúde que causava nos moradores da região, por conta da elevada poluição e dos níveis também altos de barulho.

IDAS E VINDAS O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), ou seja, o acordo para o fechamento da usina foi assinado em 2011, entre Prefeitura e Ministério Público. A licença de operação expirou em dezembro de 2017, no entanto, a fábrica operou ilegalmente por três meses. Acabou sendo interditada em fevereiro de 2018, mas a Prefeitura fez um acordo com a Cetesb para reativá-la por mais seis meses.
Nesse período, entretanto, a Prefeitura não cumpriu exigências da Cetesb, como as que tratavam do isolamento acústico e da remoção do produto do local. Mesmo assim, depois desse prazo de seis meses, a Prefeitura ainda conseguiu adiar mais duas vezes o fechamento da usina.
A Prefeitura disse que o trabalho de tapa-buracos na cidade não vai ser prejudicado porque uma outra usina já foi contratada e nos próximos meses mais duas empresas do ramo também serão. A usina chegou a produzir 2 mil toneladas de asfalto por dia. Nos últimos meses essa produção não passava de 600 toneladas.

MOBILIZAÇÃO DOS MORADORES Na tarde de 11 de outubro de 2018, um grupo de moradores da região esteve reunido com o então secretário municipal das Prefeituras Regionais, Marcos Penido.  A reunião, na qual a prefeitura se comprometeu a realizar algumas ações para minorar a situação, aconteceu sob a mediação do promotor Geraldo Rangel de França Neto, da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital
Durante a reunião, Marcos Penido, que atualmente é o secretário estadual de Energia, Saneamento, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, reiterou de forma veemente que a prefeitura tinha o maior interesse em cumprir o que fora acordado acerca do fechamento da usina.
O encontro resultou num documento assinado por todos, onde o secretário Marcos Penido se comprometeu a atender de imediato algumas solicitações no sentido de reduzir os efeitos danosos do funcionamento da usina, enquanto se aguardava o seu fechamento definitivo.
Em outubro, moradores se reuniram com secretário e conseguiram medidas para atenuar poluição e barulho
Atividade agora só para desmente das máquinas e reaproveitamento do produto que já está pronto
Área de 8 mil m² que produzia poluição e barulho vai ser repassada ao Estado para construção de casas populares
Prefeito Bruno Covas esteve na usina para anunciar o fim do funcionamento
Terreno da usina, segundo o prefeito Bruno Covas, deverá ser utilizado para construção de moradias populares


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